Tudo?
Tudo!
Se há coisa que enternece aqui a bebé não é o sorriso na face de uma criança, não é o sol a nascer anunciando um novo dia, não é um cãozinho-bebé a brincar, não é a ternura das mão velhinhas de uma avó... não! É sapatos! Há lá coisa que aqueça mais o coração do que aquele cheirinho a pele nova, o brilho reluzente de uma bem posicionada fivela, o cloct-cloct de umas capas novas a bater no empedrado das calçadas... ahhh... tem que se ser uma besta enrustecida para não sentir um calorzinho no peito perante a nobreza de um bom sapato!
E é só por isso que a modos que respeito o clássico da literatura adaptado ao cinema que é o Feitiçeiro de Oz. Porque, embora a palhaçada dos leões sem "eles" no sítio e de espantalhos lobotomizados e anões-mutantes e bruxas que derretem e o catano se me deixe indiferente, o facto de terem tido a ideia super féxium de enfiarem nos pés da tosca Dorothy o belo do sapatucho mágico feito de RUBIS, epá isso sim é de louvar! O quanto eu sonhei com uma coisa assim! Porque convenhamos, sapato de CRISTAL como o da Cinderela não só é pouco estético na medida em que pé nenhum fica bonito esborrachado dentro de um vidro transparente (e depois a transpiração que cria umas bolinhas pretas derivado à fricção e... enfim, cada vez fica a cena mais nojenta), como o gosto da dita é duvidoso uma vez que isso é sem sombra de dúvida sapatinho de stripper-barra-prostituta! Pensem nisso!
Agora, sapatuchos vermelhos brilhussos?? Ah, isso é outra conversa! Quero, quero e QUERO!!
Sancion Angel - Dorothy |
Ora bem, a Sancion Angel pegou na deixa e deu o nome de Dorothy à sua gosma vermelha, daquela colecção que já sabemos bem que blábláblá nada de holografismo e nãoseioquê. E sim, o nome assenta-lhe que nem uma luva, embora falemos de sapatos.
Eu nutri a doce ilusão de que esta gosma holografaria mais do que as outras, vá-se-lá saber porquê! Escusado será dizer que me enganei redondamente. Mas pronto, usa-se, vá! Agora é bater com os sapatos três vezes, fechar os olhos e dizer bem alto "não há lugar com a nossa casinha!", quem sabe assim as coisas entrem nos eixos e todo um arco-íris se nos brilhe na unhaca. Se não lá vaos nós, estrada amarela afora, p'ra falar com o Feitiçeiro (que a mim ninguém me tira que é gay! Vão lá ver isso e digam qualquer coisinha).